TREM AZUL DAS ONZE
Elis parte cedo, em segredo, no trem azul das onze, e todos correm desesperados, gritam pelo maquinista que atiça mais lenha à Maria Fumaça, arrastando-se nos abismos das serras, engolindo bromélias e girassóis. Sedenta e solitária vai a 'Maria' com sua voz arranhando estrada de ferro, viandante apressada sob os trilhos pra depois afogar-se no ocaso... "Some longe o trenzinho... E "Maria fumaça não canta mais..." Mas um navegante alado a arrebatou, ancorando nas bordas de um planeta de água mais doce.
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